MUNDO DE GLÓRIA (World of Glory) | Roy Andersson - Suécia 1991
- Rugério Vaz
- 25 de jun.
- 1 min de leitura

Mundo de Glória é um daqueles filmes poéticos e contemplativos, onde as expressões falam mais que o texto. O início é impactante, com cenas fortes, dolorosas e amedrontadoras seguidas de cenas propositalmente chatas e monótonas. Essa sequência cria a imersão perfeita para entender a proposta do diretor Roy Andersson.
As cenas com tons pálidos e tediosos são apresentadas, junto a esse enfado, somos levados ao não lugar das atrocidades daquele mundo, o nosso mundo.
Um retrato da apática cegueira de nossa sociedade frente às mazelas e absurdos perpetrados com os nossos semelhantes.
O filme nos provoca emoções contraditórias e são essas emoções que escrevem poeticamente essa obra.
Ele mostra a perversidade da coletividade e depois uma abordagem individualista da vida. É como se quisesse contemplar em uma existência todo um mundo multifacetado, apontando nesse olhar toda uma contradição. Isso me provoca a reescrever um ditado popular: o pior cego é aquele que quer ver e nada faz com o que é visto.






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